Na acústica da Chapada dos Guimarães
Nas aulas de geografia a gente aprende que a Chapada dos Guimarães é um dos lugares mais abençoados do país. E eu pude ver toda essa beleza com meus próprios olhos. Foi o máximo! Saímos do hotel abraçados aos nossos instrumentos por volta das 7h, depois de cair dentro de um café da manhã completíssimo, claro.
A pequena viagem foi tranquila. Todos nós curtimos muito esse lance de estrada e visual (curtimos tanto que esquecemos de fotografar para postar aqui! hahaha). E é muito maneiro começar o dia contemplando uma paisagem maravilhosa pela janela da van. Na Chapada, o sol estava mais forte, mas com o ar fresquinho, na certa pelas tantas cachoeiras ao redor. A região tem 22 mil habitantes e a principal atividade econômica é o turismo. Fica a 850 metros acima do nível do mar e na subida a gente ficou com os ouvidos entupidos, sabe como é?
"O que mais gostei foram os atos dos músicos que nos fizeram sentir importantes igual a eles", disse João Moreira, 19 anos, um dos dançarinos. "Fiquei fascinada, pois ainda não conhecia música clássica", declarou a aluna Débora Vieira, 15 anos. Para o aluno Pedro Ortega, 16 anos, o que valeu foi "a simultaneidade de diversão e aprendizado".
O Quarteto Radamés Gnattali tocou bem no centro da cidade, na Câmara Municipal, numa pracinha que lota de barraquinhas de artesanato nos fins de semana. Fiquei com vontade de conhecer. O espaço era mais intimista e rolou de fazer uma apresentação acústica. Foi demais!
Treze alunos das escolas Tales de Mileto e Ana Tereza Bernaz cantaram e dançaram com o quarteto. A felicidade deles contagiou a público e o Saulo (de boné vermelho, na foto anterior) fez sucesso. Além de dançar, ele deu um show de ritmo pois conseguia pegar os tempos das músicas rapidinho. E a "maestrina" Valéria (foto acima) também mandou bem, regendo os colegas com palmas.
A estudante Ana Flávia Pimenta, de 15 anos, gostou à beça "da maneira como é apresentado o concerto e também da alegria e interação com a plateia". A opinião de Tatiane Moraes Braga, 15 anos, é a seguinte: "Gostei de tuuudo, inclusive de participar. Tenho vontade de ver mais vezes. O Quarteto Radamés Gnattali é fantástico! Foi uma descoberta para mim".
{Fotos de Sol Manzutti
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