Uma manhã emocionante em União

Assim que os músicos do Quarteto Radamés Gnattali entraram na Casa de Cultura de União na manhã desta quinta, 28 de maio, foram surpreendidos pela quantidade de trabalhos sobre Heitor Villa-Lobos. "Todos muito lindos. Ficamos bobos com os retratos do maestro, bem feitos demais", disse o Fernando Thebaldi, ainda sob o impacto da exposição. "Muito bacana mesmo", comentava a Carla Rincón, enquanto o Paulo Santoro e o Vinicius Amaral conferiam as pesquisas bem de perto.

Acho que os jornais do país inteiro estão noticiando sobre os estragos das chuvas no Piauí. Pois bem, uma das escolas quase não conseguiu chegar no local do evento por causa da queda de uma barragem em Cocal. No fim das contas, tudo deu certo. A Orquestra de Bandolins - composta por Felipe, Cícero, Paulo, Laís e Eduardo nos bandolins, Zaqueu na sanfona e Marcelo na percussão - abriu o concerto. Para a Fabiana Costa, a produtora que se desdobra em mil (risos), esse "foi um momento super emocionante".

Os jovens músicos da Orquestra de Bandolins em ação!

Até agora, a obra do Villa-Lobos que mais levanta o público é o "Trenzinho caipira". Integrante da famosíssima "Bachianas Brasileiras nº 2", a música imita, com uma orquestra, o som de uma locomotiva em movimento desde a partida até a hora da chegada. Legal, não é? Os concertos têm sido nota dez, com interação de sobra entre os quarteto e a garotada. Aliás, a simpatia dos músicos tem conquistado as plateias piauienses de todas as idades.

"Não tenho palavras para expressar o que senti", confidenciou a jovem Maria dos Remédios, 22 anos. Se depender da aluna Carolina Pereira, 16 anos, o Quarteto Radamés Gnattali voltará ao Piauí muitas e muitas vezes. "Posso dizer que o que menos gostei foi do tempo da apresentação. Uma hora é muito pouco! Espero que esses concertos aconteçam mais vezes e que possamos ter mais apresentações como esta aqui em União".

{Fotos de Kátia Barbosa